A mulher passou a desenvolver um papel importantíssimo na sociedade, e nada melhor do que Marisa Orth, Dani Calabresa e Monica Iozzi, protagonistasda nova campanha da Bombril, para falar em a respeito deste assunto.
Daniel Navas
No dicionário, a palavra evolução significa: "processo de transformação em que certas características ou elementos simples ou indistintos se tornam aos poucos mais complexos ou mais pronunciados; desenvolvimento." E é exatamente isto que aconteceu com as mulheres.
De algumas décadas para cá, elas perceberam que podem fazer mais para a sociedade, que devem "meter a cara para bater" e ir à luta, ganhar seu próprio dinheiro e fazer sucesso no que escolheram como profissão. As atrizes e apresentadoras Marisa Orth, Dani Calabresa e Monica Iozzi são o exemplo perfeito desse desenvolvimento do papel feminino no trabalho.
Elas fazem como ninguém um humor, que não tem papas na língua, mas sempre com bastante inteligência. O trio saiu do estereótipo de que mulher no humor deve aparecer com roupas minúsculas, interpretando uma personagem, na maioria das vezes, vulgar. E nada melhor do que elas para serem as garotas propaganda da nova campanha da Bombril, que relata exatamente isto: o desenvolvimento dos produtos da marca, juntamente com as mulheres. Em um papo bastante descontraído, e com muitas risadas (claro!), o trio contou como foi a entrada na profissão e suas percepções sobre o papel feminino na sociedade atual.
Conheça um pouco mais das atrizes que tiram gargalhadas de todos que estão por perto.
Revista Mulher: O que fez com que vocês entrassem para o "mundo da comédia"?
Marisa Orth: Foi algo quase que involuntário, pois estava fazendo uma peça de teatro que se chamava "Fica Comigo Esta Noite", que envolvia drama e comédia. Um certo dia, o autor Silvio de Abreu foi assistir e adorou minha personagem. Na mesma época, ele estava procurando uma atriz para fazer o papel da engraçada Nicinha, na novela "Rainha da Sucata", da Rede Globo. Aceitei na hora o convite e foi sucesso garantido! De lá para cá, fui chamada para fazer 'TV Pirata" e demais personagens caricatos.
Monica Iozzi: O meu caso foi bem parecido com o da Marisa, pois havia estudado comédia na faculdade de Artes Cênicas, mas eram textos mais clássicos. Quando surgiu a oportunidade de me inscrever no concurso "8º integrante", do CQC, na TV Bandeirantes, não pensei duas vezes e resolvi participar. Conquistei a vaga e não quero sair do humor. É muito bom!
Dani Calabresa: Nossa! Acho que das três eu sou a única que sempre fui a "engraçadinha" da turma (risos). Quando era pequena adorava fazer as pessoas rirem. E imagino que isto foi evoluindo com o passar dos anos, tanto que fiz vários papéis cômicos no teatro. Em 2006 resolvi arriscar e escrevi alguns textos de comédia, criei personagens e ganhei um concurso para ser integrante de um grupo de humor daqui de São Paulo. Foi então que meus amigos Marcio Ribeiro e Fabio Rabin me convidaram para fazer Stand Up Comedy. Morri de medo, pois era um desafio essa questão do improviso, mas adorei e estou até hoje em cartaz com o grupo "Comédia Ao Vivo", sem esquecer do "Furo MTV" e o "Comédia MTV", que adoro fazer.
R.M.: O que vocês acham do papel da mulher na sociedade atual? Ainda é preciso mudar alguns pontos?
M.O.: Acho que ainda estamos engatinhando, pois as grandes revoluções do comportamento feminino começaram no Ocidente em 1950. Temos apenas 60 anos deste processo. Além disso, se pensarmos no Oriente e nos Países Islâmicos, onde a mulher ainda é totalmente submissa, acredito que é preciso muita orientação e uma união maior da classe feminina.
M.I.: Concordo com a Marisa, mas acredito que estamos ocupando novos espaços na sociedade. Veja por mim, que sou a única mulher em meio a tantos homens (risos). E o mais complicado é quando elas ocupam grandes cargos, mas ganham um salário mais reduzido. Acho que ainda há uma espécie de preconceito velado.
D.C.: Gente, acho que sou a mais otimista por aqui (risos). Acho o máximo ver a mulherada progredindo, saindo de casa para ocupar altos cargos nas empresas e governo. Mesmo assim, gostaria que tivesse menos preconceito conosco. Afinal, somos batalhadoras, determinadas e capazes de fazer tudo... menos trocar pneu (risos)!
R.M.: Na campanha da Bombril, vocês estão trajadas de terno e gravata. Esse fato demonstra exatamente que as mulheres evoluíram e que hoje em dia estão bem integradas ao mundo dos negócios?
M.I.: Estamos bem integradas no mundo dos negócios, sim! Recentemente li uma reportagem que dizia que as mulheres são grande maioria entre os pequenos empreendedores no Brasil, e isso é muito interessante, pois mostra o nosso crescimento e garra em querer sempre mais. Com relação ao terno, acho que usamos na campanha da Bombril tentando passar a seguinte ideia: "Ei, rapaziada, nós podemos fazer praticamente tudo o que vocês fazem, inclusive usar um terno, sem perder a feminilidade."
D.C.: Acrescentando essa parte de não perder a feminilidade dita pela Monica, o terno mostra que não ficamos ridículas vestidas assim, o que não acontece com os homens, não é? Vai colocar um vestidinho neles (risos).
R.M.: Atualmente alguns casais estão trocando de papel: o homem fica em casa, cuidando das crianças e das tarefas do lar e a mulher vai trabalhar fora. É uma tendência e mostra realmente a evolução feminina?
M.O.: Acho que qualquer conquista de liberdade significa uma evolução, mas neste caso é um desenvolvimento do ser humano, tanto do homem quanto da mulher.
M.I.: Essa troca de papéis não é muito comum, pois o que costumo presenciar são mulheres trabalhando em dupla jornada, com o trabalho convencional e em casa. De vez em quando o maridão levanta do sofá, lava uns pratos e ainda assim acha que está fazendo um favor para esposa. Claro que não posso generalizar, mas as mulheres saíram de casa e alguns maridos acham que o acordo de que elas cuidam da casa permanece. Não, não, não! As mulheres já evoluíram bastante, quem está precisando evoluir são os homens. Machismo está completamente por fora. Está na hora de reverem seus conceitos, queridinhos (risos).
D.C.: Concordo plenamente com a Marisa e com a Monica, mas particularmente, gosto de conciliar o trabalho com a casa (risos). Afinal de contas, nós mulheres somos mais caprichosas, cuidadosas e guerreiras, mas sem perder a feminilidade. Dirigimos com salto alto e retocamos a maquiagem quando o transito está parado. Nós arrasamos (risos)!
(fonte: https://www.bombril.com/RevistaMulher/Interna.aspx?idMateria=107 )